Ato 3, cena 1. Hamlet sozinho no palco, com uma adaga na mão. Ele ergue a adaga.
HAMLET – Ser ou não ser, essa é a questão…
(Ele hesita, depois:)
HAMLET – Não ser!
(Ele enterra a adaga no próprio peito e cai morto. Aos poucos, o resto do elenco entra no palco. Estão incertos sobre como agir. Cercam o corpo de Hamlet. Alguém o cutuca com o pé, para se certificar que está morto. Ofélia olha em volta e é a primeira a falar)
OFELIA – Isso muda tudo…
POLONIO (indignado) – Ele não pensou em nós. E agora? Vamos fazer o quê?
CLAUDIO – Não tenho por que me queixar. Assim ele não me mata no fim.
(Ninguém acha graça)
OFELIA – E a minha cena de loucura? Não tem mais o menor sentido.
GERTRUDE – Ele andava muito atormentado. Assim ele descansa, o reino da Dinamarca
volta a ter paz, e a peça termina mais cedo. Melhor assim.
HORACIO – Mas pensem em toda a poesia desperdiçada…